sábado, 30 de junho de 2012

"Eu sei que dói. É horrível. Eu sei que parece que você não vai agüentar, mas agüenta. Sei que parece que vai explodir, mas não explode. Sei que dá vontade de abrir um zíper nas costas e sair do corpo porque dentro da gente, nesse momento, não é um bom lugar para se estar. Dor é assim mesmo, arde, depois passa. Que bom. Aliás, a vida é assim: arde, depois passa. Que pena. A gente acha que não vai agüentar, mas agüenta: as dores da vida. Pense assim: agora tá insuportável, agora você queria abrir o zíper, sair do corpo, encarnar numa samambaia, virar um paralelepípedo ou qualquer coisa inanimada, anestesiada, silenciosa. Mas agora já passou. Agora já é dez segundos depois da frase passada. Sua dor já é dez segundos menor do que duas linhas atrás. Você acha que não porque esperar a dor passar é como olhar um transatlântico no horizonte estando na praia. Ele parece parado, mas aí você desvia o olho, toma um picolé, lê uma revista, dá um pulo no mar e quando vai ver o barco já tá lá longe. A sua dor agora, essa fogueira na sua barriga, essa sensação de que pegaram sua traquéia e seu estômago e torceram como uma toalha molhada, isso tudo – é difícil de acreditar, eu sei – vai virar só uma memória, um pequeno ponto negro diluído num imenso mar de memórias. Levante-se daí, vá tomar um picolé, ler uma revista, dar um pulo no mar. Quando você for ver, passou. Agora não dá mesmo pra ser feliz. É impossível. Mas quem disse que a gente deve ser feliz sempre? Isso é bobagem. “É melhor viver do que ser feliz”. Porque pra viver de verdade a gente tem que quebrar a cara. Tem que tentar e não conseguir. Achar que vai dar e ver que não deu. Querer muito e não alcançar. Ter e perder. Tem que ter coragem de olhar no fundo dos olhos de alguém que a gente ama e dizer uma coisa terrível, mas que tem que ser dita. Tem que ter coragem de olhar no fundo dos olhos de alguém que a gente ama e ouvir uma coisa terrível, que tem que ser ouvida. A vida é incontornável. A gente perde, leva porrada, é passado pra trás, cai. Dói, ai, dói demais. Mas passa. Está vendo essa dor que agora samba no seu peito de salto agulha? Você ainda vai olhá-la no fundo dos olhos e rir da cara dela. Juro que estou falando a verdade. Eu não minto. Vai passar."

Dói né?

 Dói saber que aquela garotinha cresceu e se tornou tão mulher, pior ainda saber que aquela garotinha fazia tudo por você, dói saber que enquanto você a tinha nunca soube dar valor, sempre brincou com ela e tratou-a como se nada fosse... Sabe hoje parando pra ver tenho dó de você, ela, a garotinha que você só sabia olhar o tamanho da bunda, cresceu, aprendeu com a vida e com seus erros, e você, o que aprendeu com a vida? Pois é, pelo menos você serviu de experiência, serviu de exemplo do que não é um HOMEM.

Ele era tudo que ela queria.

Ela para ele era só uma brincadeira. Ela realmente amava, ele queria "pegação" e nada mais. Ela tentava esquecer o sorriso dele, mas sua risada ecoava por seus pensamentos. Ela tentou se distanciar, e como ele nunca se importava um dia ela se acostumou com a ausência. Ele notando que tinha perdido ela, correu atrás. Tarde demais, ela aprendeu a viver sem ele.
 “Não é fácil, muitas vezes eu me sinto sufocar de saudade, de vontade de estar perto.” C.F.A

Mas passa...

Tudo passa, sempre passa.. A vida passa, as pessoas passam, os sentimentos mudam... É a lei da vida, então pra que sofrer tanto, afinal, tudo passa, pode demorar, mas passa.
Eu já não sei quantas vezes eu disse que não voltaria atrás e voltei.