terça-feira, 23 de julho de 2013

Ela foi.

Gritou com ela e ao meio de um surto mandou que ela fosse embora, fosse para casa e que batesse a porta quando saísse. Ela saiu, mas não bateu a porta, fechou de mansinho... Para onde iria se ele havia se tornado sua casa? Apenas andou, com a convicção de que não precisaria nunca mais de um lar, não fixo. O mundo seria seu lar.

sábado, 13 de julho de 2013

Leve-se...

Queria paz. Só isso, a menina queria paz. Estava cansada da rotina, cansada da pressão, da obrigação, do tempo perdido. Amava demais a vida para perder tanto tempo com nada. Queria o mundo, queria os dias, queria tudo. Era tão pequena em comparação com a imensidão do mundo, mas dentro de si carregava mundos ao qual ela era grande. Sentia dores terríveis altas horas da noite, ou nas claras horas do dia. Sentia alegrias impossíveis de serem descritas. Queria que as pessoas percebessem tanto tempo perdido, queria poder leva a leveza da vida até a alma das pessoas, mas esquecia-se que a maioria das pessoas não queriam isso. Estavam preocupadas demais com os longos e cansativos dias, não tinham tempo para a vida, mau sabiam elas que viviam perdendo tempo. 

Deixar ir

Sentia saudade de tanta coisa, não aprendera a desapegar, nunca aprendeu. A menina insistia em olhar para trás e morrer de saudade, porém agora havia coisas que a prendiam no presente e prometiam até um futuro. A verdade era que agora o passado não voltaria, nem agora nem nunca mais, e sabia que deveria aproveitar seu presente antes que este se tornasse passado e dele só restasse a saudade do que jamais iria voltar.